Pretende-se que até 2036,o INSPUNYL seja reconhecido como um instituto do Ensino Superior de excelência no País e com prestígio internacional na formação de quadros, produção de conhecimento científico, criação de patentes e investigação para apoiar o potencial económico, social e humano da região.

Para enunciar uma visão para a um Instituto Superior Universitário e gerar princípios estratégicos com eles coerentes não pode deixar de ter em conta os objetivos definidos para o ensino superior (LSB, 2001) e com os dados do Relatório de Monitorização Sobre Educação para Todos (2014), perspetiva-se que no ano em referência que 7,4 milhões de alunos matriculados estão todos os Níveis de Ensino não Universitário, dos quais 5,1 milhões no Ensino Primário e 2,3 milhões no Ensino Secundário. O número de professores é de 278 mil, dos quais 153 mil no Ensino Primário e Classe de Iniciação e 125 mil no Ensino Secundário.

Situa-se no meio-percurso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo “Angola 2025”, na fase de Modernização e de Sustentabilidade do Desenvolvimento, centrada na Estabilidade e Crescimento e na valorização do Homem. Esta valorização assenta, em primeiro lugar, na alfabetização e escolarização de toda a população, que são a base para a formação e qualificação técnico-profissional e formação superior dos seus Quadros, essenciais ao Desenvolvimento Sustentável, Equitativo de Angola. A Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação para o período de 2001-2015 constituiu um instrumento de orientação estratégica do Executivo de Angola para o Sector da Educação no sentido de direcionar, integrar e conjugar o esforço nacional na perspetiva de uma educação pública de qualidade para todos nos próximos 15 anos.

Numa perspetiva de educação para todos, apesar de existirem vários centros de formação profissional em todo país, esta área representa ainda um dos maiores deficits de formação. O grande objetivo do Executivo para o período 2022-2036 é fundamentalmente o da formação da mão-de-obra e a valorização dos recursos humanos. Neste sentido, um maior investimento deve ser feito para que as metas e objetivos possam realmente ser atingidos. Para além da baixa cobertura de formação profissional, deve ser analisada a problemática da insuficiência na formação técnica. Apenas 24.943 alunos estiveram matriculados no ensino técnico em 2012 (MED, 2013, online). As necessidades de formação de técnicos médios precisam de ser reforçada. Conforme está previsto no Plano Nacional de Formação de Quadros, até 2015, Angola deverá atingir a meta de 1,6 milhões de Quadros, dos quais, 425 mil serão Dirigentes, Gestores e Quadros Superiores (o que representará 27,2%) e 1,175 milhões de Quadros Médios (72.8%). Haverá um acréscimo de 370 mil quadros em relação ao ano de 2010 (Casa Civil, Plano Nacional de Formação de Quadros, 2012; 8132). Em relação á equidade, deve-se constatar que o acesso ao ensino secundário não é suficientemente inclusivo. A taxa de participação líquida é muito baixa, sendo uma das mais baixas de toda região Austral. A taxa de frequência do ensino secundário não ultrapassa os 20,6%. Analisando este dado, nota-se que cerca de 80% das crianças que concluem o ensino primário não continuam para o ensino secundário, e isso representa um grande desafio para o sistema de educação.